segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A Vida de Isaac Newton


 Isaac Newton, foi um cientista inglês, mais conhecido como físico e matemático, embora tenha sido também um astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.

 Isaac nasceu à meia-noite e vinte do Natal do ano de 1642, semanas depois de seu pai morrer. O nascimento de Isaac foi tão prematuro, que seu corpo miúdo caberia num jarro de meio litro, que é mais ou menos do tamanho de uma caneca.
 Quando Isaac tinha mais ou menos um ano, a vida na Inglaterra mudou de repente... Houve alguns combates e incendiaram algumas casas em Lincolnshire, mas os Newton felizmente escaparam do pior da Guerra Civil. Os problemas do Isaac, no entanto, começaram logo depois que ele fez três anos, quando sua mãe casou com um pastor de 63 anos chamado Barnabas Smith. Hannah foi viver na paróquia do marido, em North Witham, mas apesar de esta ficar a poucos quilômetros de Woolsthorpe, o pequeno Isaac não foi convidado a acompanha-los. Deixaram o menino com a avó, a sra. Ayscough. Apesar de se sentir infeliz, ainda criança Isaac começou a se interessar por coisas como relógios de sol. Era capaz de ficar sentado horas a fio observando as sombras resultantes do movimento do Sol e marcando suas posições em horas fixas do dia.
 Quando Isaac tinha dez anos, o reverendo Barnabas morreu, e sua mãe voltou pra Woolsthorpe, voltou com um bom dinheiro no bolso, e também com novos filhos: Marie, de seis anos; Benjamin, de três, e um bebê, Hannah. Naquela época, as crianças que viviam no campo aprendiam apenas o que necessitariam para trabalhar nas fazendas, e, se seu pai não tivesse morrido, é bem possível que Isaac não tivesse aprendido nem mesmo ler e escrever. Mas como a mãe do Isaac tinha algum dinheiro e não sabia o que fazer com aquele filho esquisito, assim que ele completou doze anos mandou-o para a Escola de Gramática Rei Eduardo VI, em Grantham. Nos primeiros tempos, Isaac não se sentia nem um pouco animado a aprender línguas mortas e não demorou a ser um dos últimos da classe. Isso não quer dizer que ele era preguiçoso, pelo contrário, a casa do sr. Clarck, o farmacêutico, com quem morava, ficou cheia de relógios de sol.
 Foi graças a Arthur e, enteado do sr. Clark e o durão da escola, que um dia Isaac mudou totalmente de atitude. De repente Isaac tomou uma decisão, ia ser melhor que todo mundo que ele conhecia em tudo o que pudesse. Ele não só atacou o latim, que aprendeu a ler e escrever tão bem quanto o inglês, mas também divertia todo mundo com sua habilidade em construir moinhos de vento, relógios de água e outras maravilhas mecânicas, muitas vezes trabalhando neles aos domingos, em vez de estudar a Bíblia como deveria. Além de aprender grego e latim na escola, Isaac passava horas estudando química, matemática, mecânica e astronomia numa pilha de livros que o irmão gênio do sr. Clark, o dr. Clark, deixara na casa do farmacêutico. Isaac descrevia tudo o que descobria e fazia num caderninho que tinha comprado por uns trocados, e esse caderninho ainda existe: está guardado na biblioteca Pierpont Morgan, em Nova York.
 Aos dezessete anos, a mãe de Isaac precisou dele na fazenda. Isaac não tinha jeito para trabalhar em fazendas, logo inventou um jeito de escapulir e estudar, foi levado a tribunal porque suas ovelhas escaparam e fizeram o maior estrago; seus porcos invadiram o milharal do vizinho e suas cercas estavam caindo aos pedaços. Tomou uma multa de trezentos reais, pior que isso, foi fichado na polícia! Seu tio Bill, estudara n Trinity College de Cambridge e entendeu que, se Isaac conseguisse entrar na célebre instituição, seu talento não seria desperdiçado. Com o professor de Isaac, o sr. Stokes, convenceu a mãe de Isaac a deixá-lo voltar à escola para se preparar para a universidade.
 Em 1660, Isaac foi morar novamente com o sr. Clark, o que deve ter lhe agradado muito, porque o sr. Clark tinha todos os livros de que Isaac gostava. Durante uns quatro anos ele estudou tudo o que lhe caiu nas mãos, formou-se finalmente em 1665.
 Isaac não se considerava matemático ou cientista: em vez disso, dizia que era um filósofo natural. Isaac utilizava a matemática e as ciências apenas para encontrar as grandes questões. Além da matemática e das outras coisas que estudava em Cambridge, Isaac tinha outros três interesses especiais: A Bíblia, Alquimia e outros filósofos.
 Isaac também era muito religioso e ansiava por descobrir tudo o que pudesse sobre Deus, mas não gostava que lhe dissessem o que devia pensar. Passou um tempão analisando a Bíblia e tentando aprender religião por conta própria, até que chegou à conclusão de que, afinal de contas, a Bíblia não era tão perfeita assim. As experiências alquímicas também podiam depender da posição dos astros no céu, o que levou Isaac a se interessar por mais uma coisa. Para desenvolver suas ideias, Isaac também estudava os filósofos antigos, e o pessoal em Cambridge apreciava particularmente Aristóteles.
 Além de estudar Aristóteles e outros caras, outra coisa que aconteceu com Isaac Newton em Cambridge foi que ele arranjou um bom amigo. Para sorte do Isaac, Wickins era ótima pessoa e sempre o ajudava a preparar as experiências, a controlá-las, e até passava a limpo as notas do Isaac. Embora eles tenham morado juntos por vinte anos, Wickins nunca contou muita coisa sobre o período que passou com Isaac nem mesmo quando, mais tarde, era sondado pelo seu filho. É estranho, porque ele devia ter um montão de coisas pra contar.
 Quando Isaac se formou em Cambridge, em janeiro de 1665, não perdeu tempo. Um mês após, inventou o teorema do binômio, com o teorema do binômio, pode-se calcular logaritmos com exatidão e trabalhar com números complicadíssimos, o próprio Isaac se deixou entusiasmar um pouco por sua descoberta e trabalhou com números de até 55 casas decimais. Em maio de 1665, Isaac se entendeu com as tangentes, uma tangente é uma linha reta que toca uma curva num ponto. Observando um planeta durante um segundo, Isaac percebeu que ele se move na tangente de uma curva. Isso levou Isaac à sua grande descoberta seguinte, que ele batizou de fluxões, mas que o mundo acabou conhecendo como o temível.
 Em 1665, estava em curso a Grande Peste. Foi assim que Isaac voltou de Cambridge para a casa da Lincolnshire, deixar a universidade era uma boa desculpa para o Isaac tirar umas férias, mas o Isaac não era desse tipo de gente. Mesmo quando esteve em Cambridge, quase tudo que aprendeu , aprendeu sozinho nos livros, e sempre preferiu o trabalho solitário.
Em Setembro de 1665, Isaac descobre a Gravidade.  A lei diz que somos atraídos por uma força invisível, outra coisa que o Isaac descobriu foi que a força da gravidade vai ficando cada vez mais fraca à medida que a gente se afasta da Terra.
 Em Novembro de 1665, Isaac inventou o Cálculo Diferencial, um método matemático de fazer exatamente a mesma coisa que toda aquela gente antiga vinha fazendo, isto é, usar medidas cada vez menores e menores para chegar mais perto do resultado, o problema é que são necessárias medidas infinitamente pequenas para se chegar a uma resposta exata e Isaac bolou a maneira de fazer isso.
 Em janeiro de 1666, Isaac descobriu que a luz se decompõe, o Isaac fez um fino raio de luz solar passar por uma estreita fresta na cortina e incidir no prisma. O prisma desviou o raio de luz e o projetou numa parede a sete metros de distância. O mais importante é que o Isaac notou que a luz na parede produzia um bonito espectro com todas as cores do arco-íris.
 E maio de 1666, Isaac inventou o método das fluxões inversas, que, graça a Liebniz, hoje chamamos de cálculo integral. Este novo cálculo inverso permitiu que ele calculasse a área sob uma curva, o que o ajudaria a fazer cálculos ainda mais extravagantes sobre como a Lua e os planetas se movem.
 Isaac volta a Cambridge em 1667 e em Outubro do mesmo ano, foi eleito fellow do Trinity College. Em 1668, Isaac terminou a construção do seu primeiro telescópio refletor, que tinha só 15 cm de comprimento e menos de 3 cm de largura mas aumentava as coisas mais de trinta vezes. Era mais poderoso do que os velhos telescópios “refratores”, dez vezes maiores. Em 1669, começaram a perceber que o Isaac era um cara especial. Seu ex-tutor, o dr. Barrow, passou a Isaac seu cargo de professor lucasiano de matemática.  
 Em 1671, Isaac entrou para a Royal Society, onde era muito famoso. Em dezembro do mesmo ano, Isaac lhes mostrou seu novo telecópio aprimorado. Era um instrumento de 2 cm de comprimento, 5 cm de largura de fora a fora, e cinco vezes mais potente que o primeiro.
 Em 1673, ele e seu amigo Wickins mudaram para quartos diferentes, que tinha um galpão de madeira anexo. Certa manhã de inverno, Isaac foi a igreja, porém, deixou uma mistura no fogo, a casa inteira pegou fogo, todos seus livros, documentos e experiências viraram cinza, Isaac levou anos para se refazer desse golpe.
 Em 1678, Isaac perdeu dois amigos importantes: Barrow e Oldenburg morreram. E em 1679, ele teve de ir a Lincolnshire cuidar da mãe, que uma febre violenta derrubara, mesmo com todos os remédios e cuidados, a mãe de Isaac morreu em junho.
 Quando Isaac voltou a Cambridge em dezembro de 1679, havia uma carta de seu inimigo, Robert Hooke secretário da Royal Society, pedindo respostas matemáticas para o movimento dos planetas, por uma feliz intuição, Hooke deu com uma falha na pequena fantasia do Isaac e mostrou que as coisas caíam descrevendo uma espiral elíptica.
 Em janeiro de 1680, os membros da sociedade pediram a Hooke para escrever uma carta que estava relacionada com uma lei do inverso do quadrado.
 Os primeiros cientistas acreditavam que existia um gás, o “éter”, que era responsável pela viagem de algo através do nada. Isaac repetiu então a experiência do pêndulo, mas à sua maneira. Então, o Isaac concluiu que o resultado era sempre o mesmo, independente do que fazia o pêndulo parar, Isaac ficou convencido de que o tal “éter”, não existe.
 Isaac nunca teve muitos amigos íntimos, e em 1683 até o John Wickins se mudou, embora tivessem dividido quarto por vinte anos, depois disso quase nunca mais tiveram contato. Isaac percebeu que precisaria de alguém para fazer todas aquelas coisas chatas que Wickins fizera, então, contratou um assistente chamado Humphrey Newton também de Lincolnshire.
 Isaac trabalhou durante um ano e meio em seu grande livro. Finalmente no verão de 1686, a Philosophiae naturalis Principia mathematica ficou pronta. Isaac sabia que a obra seria um tremendo clássico, por isso teve o maior cuidado em lhe dar tal aparência.
 Ainda em 1686, Isaac publicou seu segundo livro, mas quando já ia terminando o terceiro ouviu dizer que o Hooke continuava a falar mal dele para todo mundo nos cafés de Londres. Isaac odiava críticas. Isaac o escreveu a matemática de uma forma tão complicada para que o Hooke não entendesse, só quem tinha lido os dois primeiros entenderia o terceiro.
 AS LEIS NEWTONIANAS DO MOVIMENTO:
 Primeira Lei de Newton: Todas as coisas permanecem em repouso ou se movem em linha reta na mesma velocidade, a não ser que uma força aja sobre elas.
 Segunda Lei de Newton: A mudança de movimento depende da intensidade da força.
 Terceira Lei de Newton: A toda ação corresponde uma reação igual e oposta.
 Todas essas leis e decisões levam a um final espetacular. Isaac disse que tudo, da mais ínfima partícula à maior estrela, tem sua própria gravidade, logo tudo é atraído por todas as outras coisas. Isaac afirmou que sua fórmula se aplicava a absolutamente todas as coisas de qualquer tamanho em todo o Universo, e a chamou de Lei da Gravitação Universal.
 Isaac foi membro do Parlamento por apenas um ano, mas nesse período em Londres fez uma porção de amigos valiosos, como John Locke, Christopher Wren, Samuel Pepys, Charles Montague, Rei Guilherme III e Nicholas Fatio de Duillier.
 Em 1693, o amigo de Isaac, Montague, ofereceu-lhe o cargo de inspetor da moeda, o que lhe pareceu uma proposta simpática.
 Em 1699, deram a Isaac o cargo de Neale,  de diretor da Moeda, que ele conservaria pelo resto da via. Isso lhe proporciounou um belo aumento de salário, mais que merecido por sinal, pois ele foi o primeiro alto funcionário da Moeda a fazer jus à sua remuneração. Em 1701, renunciou ao cargo de professor lucasiano e continuou no Parlamento.
Em 1702, morre o amigo do Isaac o rei Guilherme III. Em maio de 1705, a herdeira do trono fez Isaac cavaleiro.
Em 1703, morre o inimigo de Isaac, Robert Hooke, mas até o fim manteve seu cargo de secretário da Royal Society. Isaac então aceitou o cargo de presidência da Royal Society, a primeira coisa que ele fez foi tirar o retrato de Hooke da parede e queimá-lo.
 Mesmo na casa dos setenta. Isaac ainda trabalhava na Royal Society e na Casa da Moeda ( e ainda estava mandando falsários para o xadrez).
 Isaac  escreve outro livro, chamado Cronologia corrigida dos reinos antigos. Infelizmente, esse seu livro sobre cronologia era uma mistura tão maluca de astronomia, Escritura e matemática, que ninguém o entendeu direito. Seu último livro não foi melhor: Observações sobre as profecias de Daniel e do Apocalipse de são João. A oba era uma árida leitura baseada nos estudos bíblicos que ele fizera ao longo de meio século, o mais interessante no livro é que o Isaac calculou que o acabaria em 2132. Esses dois livros eram tão estrambóticos que só foram publicados depois da morte do Isaac.
 Isaac teve sorte, porque ao contrário do que ocorria com a maioria das pessoas na época, a boa saúde o acompanhou até a casa dos oitenta. Seu processo de debilitação foi rápido, e a sobrinha Catharine e o marido dela, John Conduitt, cuidaram do cientista em seus últimos dias. Na Verdade foi Conduitt que resolveu mais tarde pesquisar e escrever tudo o que pôde sobre o Isaac, e sabemos o que sabemos graças a ele. Isaac permaneceu consciente até o fim, e não demorou a chegar a manhãzinha do dia 20 de março de 1727. O corpo de Isaac foi sepultado na abadia de Westminster, no dia 4 de abril de 1727, numa grande cerimônia, mas seu trabalho sobreviverá para sempre.


 Fonte: LIVRO: Isaac Newton e sua maçã.

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